sábado, 8 de dezembro de 2007

1.1 O TEMPO

Nunca existiu. Dor, sentimento vago, profundo, poço de almas limpas, criança. Dança incompleta, música lenta.

Levantou-se, acreditou que poderia olhar em teus olhos. Virou-se. Cama já vazia. Aonde está? Pensamento longo... pensou no que poderia acreditar, porque? Nunca mais voltar? Porque? O que fez separar de ti, meu vinho... se do amor partiu, aonde mais você dormiu?

Já sentado, declinou, correu, abriu duas, três, quatro, cinco portas, chegou sem querer ter ido. A água escorre, friamente, como o momento que restou, frio... aonde os olhos me deixaram a acreditar, todas as danças, todas as músicas, agora não cabia explicação, era preciso lutar para abrir os braços, e tentar enxugar o rosto, dura tristeza, coisa que não retarda.

Passa ao corredor, escuro, reflexo do que iria ter que enfrentar. Aonde vão seus olhos? Passo arrastado, quase lento, quase morto. O teu presente era uma flor, queria entregar ela em cores, pensava...

Nas paredes, quadros, família, paisagens, recordações. A ti nada faz sentido, em mim tu afogou todas saídas, mas a chance é igual a herói de quadrinhos, sempre tem um superpoder guardado, e é nisso que todo mortal acredita ou quer acreditar. Espera-se que teu superpoder não venha tarde, pensava...

Queria acreditar, que isso não passava de um blefe, da tua incerteza, da tua inocência, de teus movimentos. Talvez por isso, nunca tentou justificar a ausência como santa, rezando, queria-se mais, te aguardava, sem nunca ter deixado de em ti acreditar, mas sem nada poder esperar, pois já não viam traços iguais em suas promessas. E isso o corroia, como ácido, e não há remédio que amenize essa cicatriz que ali exposta pede ajuda...

Só o tempo pode nos salvar!

Escrito entre 11:00 e 11:29
08novembro2007

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O CRONOGRAMA

1.1 O TEMPO
1.2 O SEU
1.3 O MEU
1.4 O LADO
1.5 O MEIO
1.6 O INTEIRO

2.1 A VIDA
2.2 A LUZ
2.3 A IDA
2.4 A PAZ
2.5 A PERDA
2.6 A VINGANÇA

3.1 TUDO
3.2 TODOS
3.3 PÉS
3.4 MÃOS
3.5 AREIA
3.6 SOL

4.1 FERVER
4.2 PODER
4.3 SUAR
4.4 CORRER
4.5 PASSAR
4.6 A(R)MAR

5.1 O FIM
5.2 O INÍCIO
5.3 O MEIO

6.1 O TEMPO (II)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

A INTRODUÇÃO


Resolvi brincar, escrever e divagar. Esquecer que em quanto exista o tempo, tudo pode ser resolvido. Só, e assim escrevo. Assim, faço por aqui uma narrativa, uma novela ou seria um jornal? Escrevo, o que por hora pode ser útil, sem sincronia, sem medir, sem pressa, apenas apreciando o desenrolar de um fato, dissimulado, uma separação, uma reconciliação, uma morte ou perda, um renascimento, um simples ‘flashback’, um ‘dèja-vu’!

Não quero criar nenhuma espécie de indulto ou fatos meramente coincidentes com a ficção. Não sou patrão, não sou escravo, nem quero ser Presidente, apenas que minhas palavras possam ser lidas, e por si só compreendidas. Não vou passar sermão, ou linha reta, quero apenas escrever...

Por si, deu para entender que nada que eu escreva possa se tomar a sério, mas o que é isso? Diria um amigo meu: “-Isso é um nada, com uma paisagem atrás!”, muito bem, muito bem...

Ah, quero tentar explicar então, e só agora, as linhas acima. O que vem é uma farsa, ou seja, a trama, é uma farsa, por vez, citam-se nomes e locais, mas não é esse o intuito, cria-se um clima de perpetuação, de espaço, de ano ou hora. Para trama, é colocado um personagem, sem idade, aparentemente só, que destila em sua vida, um fato raro, o de tentar colocar fim, ao início.

Complicado? Bem, não sei, mas tentaremos fazer que com tudo isso, você ainda sinta-se bem, ok? Não há dia! Não esqueça! E tudo será resolvido em longas palavras ou textos memoravelmente curtos e críticos, ou palavras soltas.

Mas tudo existe, existe o começo, e o desenrolar do meio e existirá o fim, promessa feita!

Então, bem vindos...




Quem inventou o tempo?